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Julgamento dos ‘Panama Papers’ absolve todos os arguidos
O julgamento dos ‘Panama Papers’ resultou na absolvição de todos os acusados, trazendo um desfecho surpreendente para um dos maiores escândalos de corrupção financeira da história recente.
Julgamento dos “Panama Papers” absolve todos os arguidos
Oito anos após a divulgação dos “Panama Papers” da sociedade de advogados Mossack-Fonseca, o tribunal deu o veredito de absolvição para os 28 arguidos. O juiz responsável considerou que as provas apresentadas não eram suficientes para condenar os acusados, que enfrentavam acusações de branqueamento de capitais por meio da criação de 215.000 empresas-fantasma em paraísos fiscais. A cadeia de provas foi considerada não fiável e as evidências insuficientes e inconclusivas.
Origem dos “Panama Papers”
Os “Panama Papers” foram revelados em 2016 por um grupo de jornalistas, colocando em causa diversas figuras políticas e públicas. Os documentos foram inicialmente transmitidos ao Süddeutsche Zeitung e ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação em 2015, contendo 2,6 terabytes de dados. Mais de 400 jornalistas de vários meios de comunicação colaboraram na investigação, cujos resultados foram publicados em abril de 2016. O escândalo desencadeou investigações e ações penais em todo o mundo.
Personalidades envolvidas no escândalo
Os “Panama Papers” revelaram nomes de bilionários, estrelas do desporto e políticos, incluindo o primeiro-ministro islandês Sigmundur Gunnlaugsson e o primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif. O escândalo resultou em investigações globais e impactou o sistema bancário offshore do Panamá.
Após oito anos, o caso finalmente chegou aos tribunais, com os fundadores da Mossack-Fonseca, Jürgen Mossack e o falecido Ramón Fonseca Mora, entre os arguidos. O escritório de advocacia foi encerrado em 2018 após a repercussão do escândalo. O Panamá implementou novas leis desde então, mas permanece na lista negra de paraísos fiscais da União Europeia.
A evasão fiscal no Panamá agora é punível com prisão desde 2019, desde que o montante exceda os 300.000 dólares. O escândalo foi retratado no filme “The Laundromat” da Netflix, estrelado por Meryl Streep, Gary Oldman e Antonio Banderas.